A urbe de Leiria, estruturada a partir de um ponto estratégico fortificado, vai seguir, como qualquer burgo medieval português a sul de Coimbra, um crescimento que associa um processo de pacificação e de recuo do mundo árabe, com um crescente povoamento.
Em 1211, dado o número crescente de moradores, existiam já, no concelho de Leiria, as seguintes paróquias: Santa Maria, S. Pedro, Santiago, Santo Estêvão e S. Martinho, na vila. No termo, recebiam idêntica definição S. Miguel de Colmeias, Santa Maria de Litém (posteriormente chamada Santa Maria de Vermoil), S. Simão de Litém, S. João de Espite e S. Salvador do Souto.
As urbes medievais cresciam por arrabaldes, nas portas das cidades, e no caso particular da nossa urbe existe indicação certa de que o crescimento foi resultado de uma concentração de população de culturas e religiões distintas, não só cristã, mas também judaica e muçulmana, atraída pela crescente dinâmica económica.