Do povoado da
pré-história recente à romanização

E agora prepara-te que isto é emocionante!
Recentemente descobriu-se que no espaço onde hoje está o Castelo de Leiria, já vive gente ao longo de pelo menos – estás pronto? – cinco milénios, ou então, 5 000 anos! SURPREENDENTE!
A presença humana está provada desde, pelo menos, a Idade do Cobre, ou Calcolítico – 3000 anos antes de Cristo – tempo durante o qual as pessoas se organizaram no topo do morro. Mas mil anos depois, durante a Idade do Bronze – isto já parecem as medalhas dos jogos olímpicos, não? - preferiram viver nas encostas e nas zonas mais planas. Na Idade do Ferro, após mil anos, todo o morro parece ter sido habitado.
Imaginas quantas pessoas não terão vivido aqui durante todo este tempo?
De entre tantos povos que habitaram a Península Ibérica, antes da chegada dos romanos, há um que se destaca: os Lusitanos! Mas, nesta região, viviam os Túrdulos. Todos estes povos foram depois romanizados, num processo denominado romanização.
Se achas que te estou a enganar, posso dizer que até existem provas de que este povoado seria importante. Aqui foram encontradas peças de cerâmica, vindas do Próximo Oriente, que confirmam as relações das gentes deste povoado com o mundo mediterrâneo.

Glossário

  • Morro: monte pouco elevado, mais baixo que uma serra ou que uma montanha.
  • Romanização: transmissão da cultura romana aos povos que ocupavam o enorme território que formava o Império Romano. Ou seja, à medida que os romanos saiam de Itália e conquistavam novos territórios iam fazendo com que os povos que aí viviam se acostumassem e utilizassem a sua língua, o seu dinheiro, a sua religião, os seus costumes. Ainda hoje sentimos os efeitos da romanização em coisas tão simples como a maneira como falamos, pois, o português deriva do latim, a língua que os romanos falavam!