Século XXI
Deslumbramento,
desilusões e estratégia de futuro

As atuais normas do ordenamento do território passam por uma legislação mais exigente, ao nível da cartografia e do rigor utilizado, do cadastro e da articulação com todas as questões ambientais, sejam relativas aos ecossistemas ou ao ruído. Existe ainda necessidade de assegurar as infraestruturas básicas, num complexo processo de tramitação para a sua aprovação que vão desde o projeto, ao financiamento e à execução, colocando desafios ao Município para os próximos 20 anos.
Ao período de 2011 a 2015, redutor da atividade económica e do investimento público, deverá seguir-se uma nova fase que corporize objetivos e propostas para a melhoria da cidade, mesmo que tal não implique obrigatoriamente crescimento populacional ou urbano. Há muito para melhorar e corrigir erros do passado. Neste sentido algumas das propostas dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano, que o Quadro Comunitário 2020 corporiza, como o Jardim da Almuinha, já estão no terreno. Este foi mesmo agraciado com o Prémio na categoria Espaços Públicos – Reabilitação Urbana, do Salão Imobiliário de Portugal 2019 da Feira Internacional de Lisboa.
Das conclusões do Relatório do Estado do Ordenamento do Território elaborado em 2019 pelos serviços municipais, ressalta a necessidade de existir uma estratégia para a cidade e concelho, que para além de orientar a mera gestão urbanística dê enquadramento à ação municipal e às políticas que corporizem o bem-estar das populações, condições de vida, de trabalho, de lazer, saúde, educação e defesa do equilíbrio ambiental e de exploração racional dos nossos recursos.
Fica a necessidade de transformar a cidade sem ser necessariamente um palco permanente.
Há que dar lugar à contemplação pura e simples.